terça-feira, junho 16, 2015

Tudo o que queria.

E tudo o que eu queria, neste momento, era que te esquecesses do resto do mundo e saisses do trabalho, ou de qualquer outro sitio onde estejas, e não parasses em lado nenhum a não ser à minha porta. Que fosse mais forte que tu. E que, quando chegasses, me tomasses em teus braços e me fizesses tua uma última vez. Que mal abrisse a porta me beijasses com a intensidade de 10 anos volvidos, que me despisses e me deixasses despir-te, enquanto as nossas peles se respiravam uma a outra, e depois me metesses na banheira e nos deixasses envolver pela agua quente sobre os nossos corpos, como se ela fosse capaz de lavar o peso dos nossos erros. Que me lavasses o corpo e alma, com o carinho de quem estima o seu bem mais precioso. Que, a seguir, me deitasses na cama que tantas outras vezes já foi nossa e me reclamasses para ti. Que te permitisses sentir mais do que essa dormência. E que, a cada vez, te sentisses mais completo até te perderes por completo em mim, o lugar de onde nunca deverias ter saído.
E no fim saberias o que tanto tentas esconder... que me amas e que me vais amar para sempre. Esperarias que adormecesse e ficarias a ver-me dormir antes de ires embora.. E talvez, apenas talvez, numa possibilidade remota, quando acordasse tivesse um pequeno bilhete teu. E ambos soubessemos que, por muitas voltas que a vida desse, iriamos sempre pertencer um ao outro.

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